a luta continua! a luta continua! a luta continua! a luta continua! a luta continua! /§(o_o)§\

sábado, 21 de julho de 2007

# 20 - pela santa LIBERDADE
triunfar ou... perecer!!!
( dedicado ao Jumento )

HINO à MARIA DA FONTE

Viva a Maria da Fonte
Com as pistolas na mão
Para matar os cabrais
Que são falsos à nação

É avante Portugueses
É avante não temer
Pela santa Liberdade
Triunfar ou perecer

Viva a Maria da Fonte
A cavalo e sem cair
Com as pistolas à cinta
A tocar a reunir

É avante Portugueses
É avante não temer
Pela santa Liberdade
Triunfar ou perecer

Lá raiou a liberdade
Que a nação há-de aditar
Glória ao Minho que primeiro
O seu grito fez soar

É avante Portugueses
É avante não temer
Pela santa Liberdade
Triunfar ou perecer






Depois da visita obrigatória, no começo de cada tarde, ao blog "Jumento", não consigo deixar de manifestar a minha concordância com o tema lá tratado hoje, realçando a lucidez usada na exposição. Com a ajudinha do Vitorino e a devida informação ao seu autor pelo "roubo", repito aqui o que li, com a maior satisfação, recomendando a quem ainda não o fez:



"Como blogger poderia abster-me de opinar sobe o debate em torno das alterações que o governo pretende introduzir na actividade jornalística, poderia simplesmente dizer eu moro noutra freguesia, sou um cidadão comum que exerce o seu direito de opinião.

Mas não tenho dúvidas que depois de meter os jornalistas na ordem o governo (este ou qualquer outro) vai querer fazer o mesmo aos blogues, depois irá ter com os jornais de paróquia e acabará por impor regras para os desdobráveis do Continente.

Vivemos num país de boas maneiras, não podemos dizer tudo o que pensamos, no momento de opinar temos que cuidar da honorabilidade da mãe do senhor primeiro-ministro, respeitar as convicções e preferências sexuais do senhor prior, ter muito respeitinho pelas autoridades e ter cuidado com os magistrados. A vingança pode ser terrível, pode chegar sob a forma de queixa-crime, de um processo vitalício no Ministério Público inaugurado com buscas domiciliárias a partir das 7 da manhã, marginalização social ou mesmo a terrível excomunhão que nos deixará nas portas do inferno.

Vivemos numa democracia onde elegemos os que nos governam mas quando estes estão no poder não podemos dizer o que pensamos deles, podem enganar-nos, podem empregar os amigos na Caixa Geral de Depósitos, podem vender a empresa pública por ajuste directo, podem mandar-nos para a guerra. A nós cidadãos resta-nos esperar quatro anos para voltar a votar, mesmo que tenhamos a convicção de que, afinal, aqueles que escolhemos são uns requintados filhos de mães pouco recomendáveis temos que ficar calados.

É evidente que o jornalista não se pode limitar a pensar e opinar, cabe-lhe informar, mas informar o quê? A grande fonte de informação é o Estado, a maioria das manchetes ou resultam de “fugas de informação” ou de favores do poder, em ambos os casos estamos perante manipulações da informação.

Se um jornal beneficia da ajuda de um magistrado e queima um cidadão na praça pública muito antes de qualquer condenação é certo de que não foi condenado, o jornalista limitou-se a divulgar algo que é verdade e o “garganta funda” da magistratura nunca será descoberto, quando isso suceder será o primeiro. Se o mesmo jornal divulgar em primeira-mão uma medida governamental que ainda não saiu do projecto Ada lhe sucederá, o ministro que promoveu a fuga da informação nunca será denunciado por violar as mais elementares regras da democracia. É raro o dia em que um governando não manda as regras da democracia às urtigas e em vez de discutir as suas propostas em locais próprios as envia para divulgação e debate público através de um jornalista amigo.

Mas se alguém questionar a origem do dinheiro com que a filha do senhor ministro comprou o último modelo da Mercedes é o “ai Jesus”, a menina tem direito à sua privacidade, o ministro é homem íntegro que faz um grande sacrifício ao exercer um cargo público, está-se a cometer uma grave violação dos deveres deontológicos. Os governantes podem aumentar impostos, podem prejudicar o futuro dos portugueses com medidas incompetentes, mas não se pode duvidar da sua bondade. Nem dos actuais, nem de outros que depois de terem passado pelo governo deixaram d ser modestos cidadãos para serem banqueiros bem sucedidos.

São muitos mais os prejudicados pela censura, pela auto regulação ou qualquer outra forma de condicionamento da liberdade do que os portugueses lesados por governantes que beneficiam de uma total impunidade, que podem manipular a informação para se auto elegerem ou abafar os seus abusos ou incompetências.
Menos liberdade de opinião e de informação apenas terá um resultado: menos democracia e mais corrupção, e quem defende fórmulas mais ou menos subtis de condicionar a liberdade de expressão está a defender a incompetência e a corrupção. "


com a minha vénia ao autor, elemento da equipe [JUMENTO], mais precisamente [aqui]

# 19 - mas... afinal
de que é mesmo feita a vida ??!!!



ora... a vida é feita de... PEQUENOS nadas!!... :)

e... quem canta ??

sexta-feira, 20 de julho de 2007

# 18 - juventude
descodificando este morse de dores...

Apelo à juventude
e a todos os demais...




ano de 1969 = 24 de Abril...
inevitável recurso à metáfora


Letra: João Apolinário

Juventude

É preciso avisar toda a gente
dar notícia, informar, prevenir:
que por cada flor estrangulada
há milhóes de sementes a florir

É preciso avisar toda a gente
segredar a palavra e a senha
engrossando a verdade corrente
de uma força que nada a detenha

É preciso avisar toda a gente
que há fogo no meio da floresta
e que os mortos apontam em frente
o caminho da esperança que resta

É preciso avisar toda a gente
transmitindo este morse de dores.
É preciso imperioso e urgente:
Mais flores! Mais flores! Mais flores!!


Quem canta ??

quinta-feira, 19 de julho de 2007

# 17 - pró que der e vier...

subscrevo, assinando em baixo...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

# 16 - já chegou a LIBERDADE

papoila_rubra, houve vozes femininas, sim senhora.
Acontece que tenho poucos registos :(

Mas, bem procuradinho, sempre aparece:
voz de menina
voz fresca
tom animador...
situamo-nos logo no 26 de Abril....



Já chegou
A LIBERDADE

Chegou um dia.
Estava tanto frio, tanta gente triste.
Entrou de espingarda em riste

Chegou um dia à cidade
E só atirou um amor-perfeito
Era o que trazia ao peito

Já chegou a liberdade
Com um chapéu encarnado
No rosto trazia verdade
E na baioneta já floriu um cravo

Depois foi até ao Carmo
Foi até ao cerne da nossa tristeza
E cantou “A Portuguesa”
E eu que também cantei
Só então me dei conta da beleza
Da voz que ficou acesa.

José Carlos Ary dos Santos/ Popular
Arranjos musicais de Pedro Osório
Ano: 1974

terça-feira, 17 de julho de 2007

# 15 - de madrugada, é assim.....
SEMPRE à procura da manhã clara...

Situamo-nos no 24 de Abril...

À semelhança das parábolas e das fábulas
poética, subtil, astuta, habilidosa,
a escrita com recurso à metáfora, era prática necessária.
Dominar a sua arte era tão importante como trabalhar na clandestinidade.
A canção era uma das faces visíveis da actividade clandestina.
Era mensageira. Engenho e arte para conseguir passar essa mensagem,
era privilégio de alguns, apenas.
A canção tinha uma função pedagógica junto de quem a escutava...
A canção era fonte
era alimento do ânimo colectivo.

Para os que acreditam na madrugada como promessa de um novo dia,
este bálsamo, continua reconfortante, em cada "noite" do presente...



Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Lá do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que da vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo duma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca

segunda-feira, 16 de julho de 2007

# 14 - um miminho para o Aristides :)

Em jeito de agradecimento
pela disponibilidade na participação
e...
também por acertar, claro!



Penares de outrora são feitos versos
sangue das nossas mãos
A noite corre por todo o corpo
e os amigos são mais que irmãos

Cada janela traz o vento,
vento que gela em vão
Mais frio traz o quadrado negro
das grades da frustração

Mau pregador justo auditório
pior a pregação
Verdades ditas fora de tempo
e o pregador vai para a prisão

Morremos pelo sonho que sonhámos
Verdades ditas fora de tempo
e o pregador vai para a prisão

Não há fiança para o Cantigueiro
que ele nem dinheiro tem
Se viu demais que arranque os olhos
e a vida correrá bem

Sonhou curara a Humanidade
dos mil podres que tem
Mas só de um toque nas negras chagas
morreu de peste também

Morremos pelo sonho que sonhámos
Mas só de um toque nas negras chagas
morreu de peste também

Se tal soubesse não cantaria
tudo o que já cantei
Só tem licença de Cantigueiro
quem fôr o bobo do rei

Morremos pelo sonho que sonhámos
Só tem licença de Cantigueiro
quem fôr o bobo do rei

# 13 - canção para um povo triste...




Canto o povo triste de quem sou
louco em cantar para esquecer
os sonhos tidos
na manhã da vida
sol de madrugada
livre no morrer

Canto a heroicidade conformada
de quem chorando se atreve a cantar
barco perdido na prisão da vida
as velas rasgadas o leme a quebrar

Canto a solidão a ocidente
ligada à terra que nos viu nascer
a cobardia
feita de orações
na doce esperança
de poder morrer

Canto o desespero fatalista
de quem sofrendo
se deixa ficar

olhos cansados enxada na mão
trabalhando a terra que lhe vão roubar

Canto
o meu poema de revolta
ao povo morto
que não quer gritar
que já são horas
para ser feliz
que é chegado o dia
de o medo acabar

Letra e música: Vieira da Silva
In: um disco que a pide apreendeu... 1969

domingo, 15 de julho de 2007

# 12 - em dia de eleições...

Em noite de reflexão eleitoral
em dia de eleições autárquicas em Lisboa...
apetece-me recordar:

"pequenos deuses caseiros":




"ouvindo Beethoven":



e... a perguntinha que se impõe: quem canta ??