# 15 - de madrugada, é assim.....
SEMPRE à procura da manhã clara...
Situamo-nos no 24 de Abril...
À semelhança das parábolas e das fábulas
À semelhança das parábolas e das fábulas
poética, subtil, astuta, habilidosa,
a escrita com recurso à metáfora, era prática necessária.
Dominar a sua arte era tão importante como trabalhar na clandestinidade.
A canção era uma das faces visíveis da actividade clandestina.
Era mensageira. Engenho e arte para conseguir passar essa mensagem,
era privilégio de alguns, apenas.
Dominar a sua arte era tão importante como trabalhar na clandestinidade.
A canção era uma das faces visíveis da actividade clandestina.
Era mensageira. Engenho e arte para conseguir passar essa mensagem,
era privilégio de alguns, apenas.
A canção tinha uma função pedagógica junto de quem a escutava...
A canção era fonte
era alimento do ânimo colectivo.
Para os que acreditam na madrugada como promessa de um novo dia,
era alimento do ânimo colectivo.
Para os que acreditam na madrugada como promessa de um novo dia,
este bálsamo, continua reconfortante, em cada "noite" do presente...
Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara
Lá do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que da vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo duma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca
Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara
Lá do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que da vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo duma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca
3 comentários:
e eu
eterna peregrina
filha da madugada, me confesso....
É muito gratificante ouvir o mestre... Obrigada.
E... mulheres de Abril, não há por aí ??!!!...
Também algumas mulheres cantaram Abril... seria injusto ignorá-las... :(
Já chego atrasao , mas é o grande Zeca Afonso
José Afonso.
Postar um comentário