# 14 - um miminho para o Aristides :)
Em jeito de agradecimento
pela disponibilidade na participação
e...
também por acertar, claro!
Penares de outrora são feitos versos
sangue das nossas mãos
A noite corre por todo o corpo
e os amigos são mais que irmãos
Cada janela traz o vento,
vento que gela em vão
Mais frio traz o quadrado negro
das grades da frustração
Mau pregador justo auditório
pior a pregação
Verdades ditas fora de tempo
e o pregador vai para a prisão
Morremos pelo sonho que sonhámos
Verdades ditas fora de tempo
e o pregador vai para a prisão
Não há fiança para o Cantigueiro
que ele nem dinheiro tem
Se viu demais que arranque os olhos
e a vida correrá bem
Sonhou curara a Humanidade
dos mil podres que tem
Mas só de um toque nas negras chagas
morreu de peste também
Morremos pelo sonho que sonhámos
Mas só de um toque nas negras chagas
morreu de peste também
Se tal soubesse não cantaria
tudo o que já cantei
Só tem licença de Cantigueiro
quem fôr o bobo do rei
Morremos pelo sonho que sonhámos
Só tem licença de Cantigueiro
quem fôr o bobo do rei
Um comentário:
Outra vez Samuel e obrigado pela dedicatória. Adoro uma boa música portuguesa, mesmo que seja uma "panfletada" (e até por isso)...
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